Sarna em Cachorro: Tudo o Que Você Precisa Saber para Proteger Seu Pet
A sarna em cachorro é uma das doenças de pele mais comuns e preocupantes para tutores de pets.

Veterinário & Dermatologista • CRMV-001234
Além de causar coceira intensa, feridas e queda de pelo, alguns tipos são altamente contagiosos e podem afetar até humanos.
Neste artigo, você aprenderá a identificar os sintomas, entender os tratamentos eficazes e descobrir estratégias de prevenção baseadas em evidências científicas e orientações veterinárias.
Além disso, ao final, compartilho dicas valiosas para divulgar este conteúdo organicamente e alcançar mais tutores preocupados com a saúde de seus animais.
Neste Artigo:
- O que é a Sarna Canina?
- Principais Tipos de Sarna em Cães
- Sintomas da Sarna em Cachorros: Como identificar?
- Diagnóstico: A Importância de Consultar um Veterinário
- Tratamento Eficaz: Medicamentos e Cuidados Específicos
- Cuidados Domiciliares e Estratégias de Prevenção
O que é a Sarna Canina?
A sarna é uma dermatose provocada pela infestação de ácaros parasitas que se aloja na pele dos cães, desencadeando uma resposta inflamatória que resulta em lesões e lesões graves.
Esses ácaros alimentam as células da pele e podem causar danos consideráveis, causando lesões, feridas e queda de pelo.
O impacto da doença varia de acordo com o tipo de ácaro envolvido e a resposta imunológica do animal.
Por que a Sarna é um problema?
Além do desconforto evidente que causa no animal, a sarna pode comprometer a saúde geral do animal de estimação e aumentar o risco de infecções secundárias, principalmente em casos de situações superficiais que resultam em feridas abertas.
Em determinadas situações, a zoonose – transmissão de doença entre animais e humanos – é uma realidade, tornando a identificação e o tratamento ainda mais urgentes.
Principais Tipos de Sarna em Cães
Existem três tipos principais de sarna canina, cada um com características e implicações específicas para o tratamento:
1. Sarna Sarcóptica (Escabiosa)
- Causador: Ácaro Sarcoptes scabiei
- Contágio: Altamente contagioso, inclusive para humanos, caracterizando uma zoonose
- Sintomas: Coceira intensa, resistente, crostas e descamação, frequentemente localizada em áreas como orelhas, cotovelos, abdômen e patas
- Observações: Devido à sua alta taxa de contágio, o manejo dessa forma de sarna exige cuidados especiais e o isolamento do animal afetado
2. Sarna Demodécica (Sarna Negra)
- Causador: Ácaro Demodex canis, que normalmente vive na pele em baixa quantidade, mas pode proliferar se o sistema imunológico do cão estiver comprometido
- Contágio: Não é contagioso entre cães, porém pode indicar problemas imunológicos
- Sintomas: Queda de pelo, áreas de ocorrência e formação de lesões, muitas vezes sem a coceira intensa observada na sarna sarcóptica
- Observações: O tratamento geralmente requer um período mais prolongado e atenção especial à saúde geral do animal
3. Sarna Otodécica
- Causador: Ácaro Otodectes cynotis, que afeta predominantemente a região dos ouvidos
- Contágio: Comum em gatos, mas também pode ocorrer em cães que convivem com felinos infectados
- Sintomas: Irritação no ouvido, acúmulo de cera, irritação e, em casos mais avançados, inflamação do canal auditivo
- Observações: A presença de sarna otodécica pode ser um indicativo de uma infestação errada, exigindo o tratamento tanto do animal acometido quanto de seus companheiros
Sintomas da Sarna em Cachorros: Como identificar?
O reconhecimento precoce dos sintomas é essencial para evitar a progressão da doença. Embora os sinais possam variar de acordo com o tipo de sarna, alguns sintomas são comuns e merecem atenção:
- Coceira Incontrolável: Uma das principais características, que pode se intensificar durante a noite, prejudicando o sono do animal e aumentando o risco de lesões devido à automutilação
- Queda de pelo: pode ocorrer de forma localizada ou generalizada, especialmente nas áreas afetadas pelos ácaros
- Lesões Cutâneas: Feridas abertas, crostas e descamação são frequentes, podendo ser acompanhadas de odor forte devido a infecções secundárias
- Vermelhidão e Inflamação: Áreas como orelhas, patas, abdômen e cotovelos são particularmente vulneráveis
- Infecções Secundárias: Em casos avançados, a ação contínua dos ácaros pode levar à entrada de bactérias na pele, exigindo o uso de antibióticos sob prescrição veterinária
A identificação desses sinais deve ser seguida por uma avaliação veterinária imediata, já que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e para evitar complicações mais graves.
Diagnóstico: A Importância de Consultar um Veterinário
A confirmação da presença de sarna em um cachorro depende de exames específicos e da análise do histórico clínico do animal. Entre os métodos de diagnóstico, destacam-se:
- Raspado Cutâneo: Consiste na coleta de amostras da pele para análise microscópica, permitindo a identificação dos ácaros presentes
- Teste de Fita Adesiva: Uma técnica simples que auxilia na visualização dos ácaros ou ovos na superfície da pele
- Histórico Clínico: Avaliação detalhada dos sintomas, ambiente e possíveis contatos com outros animais infectados
É fundamental evitar a automedicação, pois o uso inadequado de medicamentos pode agravar a condição. Certas raças, como o Collie e o Pastor Australiano, por exemplo, possuem sensibilidade a medicamentos comuns no tratamento da sarna, como a ivermectina.
Portanto, sempre siga a orientação de um profissional para definir a melhor abordagem terapêutica.
Tratamento Eficaz: Medicamentos e Cuidados Específicos
O tratamento da sarna em cachorro varia de acordo com o tipo relatado e a gravidade dos sintomas. A seguir, detalhamos os protocolos terapêuticos para cada tipo:
Tratamento para Sarna Sarcóptica
- Ivermectina: Pode ser administrada por via oral ou injetável. Geralmente, a dose é de 0,2 mg/kg, aplicada semanalmente por um período de 4 semanas
- Selamectina: Aplicação tópica mensal, que ajuda a combater os ácaros de forma contínua
- Banhos Medicinais: Shampoos específicos, contendo ingredientes como peróxido de benzoíla ou amitraz (como o Triatox), são fundamentais para eliminar os ácaros e aliviar os sintomas
Tratamento para Sarna Demodécica
- Controle do Sistema Imunológico: Fundamental para combater a proliferação dos ácaros, combinando uma dieta balanceada e, se necessário, suplementos vitamínicos
- Amitraz: Banhos com soluções contendo amitraz podem ser realizados a cada 14 dias, sempre sob supervisão veterinária, para reduzir a infestação de ácaros
Tratamento para Sarna Otodécica
- Limpeza Auricular: A limpeza regular dos ouvidos com soluções específicas é essencial para remover o excesso de cera e ácaros
- Medicação Tópica: Aplicação de medicamentos antifúngicos e antibacterianos pode ser necessária se houver infecções secundárias
Cuidados Domiciliares e Estratégias de Prevenção
O tratamento da sarna não se limita à administração de medicamentos. Adotar medidas no ambiente e na rotina do animal de estimação pode acelerar a recuperação e evitar a reinfestação. Confira algumas dicas essenciais:
Cuidados com o Ambiente
- Higienização Regular: Lave caminhas, brinquedos, cobertores e outros itens que tenham contato direto com o animal. O uso de água quente e desinfetantes adequados é recomendado para eliminar ácaros e bactérias
- Desinfecção dos Espaços: Pisos e áreas de convivência devem ser limpos regularmente para reduzir o risco de contágio entre outros animais que frequentam o ambiente
Cuidados Diretos com o Pet
- Isolamento Temporário: Se o diagnóstico confirmar a sarna sarcóptica, é importante isolar o animal para evitar a propagação da doença para outros animais de estimação ou membros da família
- Banhos Medicinais: Realize banhos com os produtos indicados pelo veterinário para ajudar a eliminar os ácaros e reduzir a irritação na pele
- Alimentação de Qualidade: Invista em rações e suplementos ricos em ômega-3 e antioxidantes, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e promovem a saúde da pele e do pelo
Estratégias de Prevenção
- Vermifugação e Vacinação em Dia: Manter uma rotina de vermifugação e vacinação atualizada contribui para um sistema imunológico mais robusto, capaz de combater infecções e parasitas
- Higiene Pessoal e do Animal de Estimação: Banhos regulares com produtos específicos para cães não só melhoram a aparência do pelo, mas também ajudam a prevenir o acúmulo de ácaros
- Ambientes Seguros: Evite locais onde o risco de contaminação seja maior, como creches e parques com animais que não passaram por controle sanitário adequado
Conclusão
A sarna em cachorro é uma doença complexa que exige atenção imediata e um tratamento adequado para prevenir complicações e garantir a qualidade de vida dos animais de estimação.
Desde a identificação dos sintomas até a escolha do tratamento correto e a implementação de medidas preventivas, cada etapa é crucial para o sucesso na erradicação dos ácaros e na recuperação do animal.
Ao seguir as orientações veterinárias e adotar uma rotina de cuidados domiciliares rigorosamente, o tutor não apenas contribui para o bem-estar do seu animal de estimação, mas também minimiza o risco de transmissão para outros animais e humanos.
Este artigo buscou fornecer uma visão abrangente e fundamentada sobre a sarna canina, destacando a importância de um diagnóstico preciso, tratamentos individualizados e a manutenção de um ambiente limpo e seguro.
Compartilhe este conteúdo com outros tutores e profissionais da área, contribuindo para a disseminação de informações de qualidade e ajudando a formar uma comunidade mais informada e engajada na saúde dos animais.
Com conhecimento e prevenção, é possível transformar desafios em oportunidades para oferecer uma vida mais saudável e feliz aos nossos amigos de quatro patas.
Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário, compartilhe suas experiências e ajude a construir uma rede de apoio para todos que se preocupam com o bem-estar dos animais.
Juntos, podemos fazer a diferença na luta contra a sarna e outras doenças que afetam nossos queridos pets.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O que é sarna em cachorro?
A sarna canina é uma dermatose causada pela infestação de ácaros parasitas na pele dos cães. Esses ácaros provocam inflamação, coceira intensa e podem levar à formação de lesões e infecções secundárias se não tratadas adequadamente.
2. Quais são os tipos de sarna que podem afetar os cães?
Os principais tipos de sarna em cães são: Sarna Sarcóptica (causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, altamente contagiosa), Sarna Demodécica (provocada pelo ácaro Demodex canis), e Sarna Otodécica (afeta principalmente a região dos ouvidos).
3. A sarna em cachorro pode ser transmitida para humanos?
Sim, especialmente no caso da sarna sarcóptica, que é zoonótica. Isso significa que os ácaros podem ser transmitidos de cães para humanos, causando lesões na pele. É importante adotar medidas rigorosas de higiene e procurar assistência médica em caso de suspeita.
4. Quais são os sintomas mais comuns da sarna em cães?
Os sintomas incluem: coceira intensa (geralmente pior à noite), queda de pelo localizada ou generalizada, lesões cutâneas como crostas e feridas, vermelhidão e inflamação, especialmente em orelhas, patas, abdômen e cotovelos, e possíveis infecções secundárias.
5. Como é feito o diagnóstico da sarna em cachorro?
O diagnóstico deve ser realizado por um veterinário utilizando métodos como raspado cutâneo para análise microscópica dos ácaros, teste de fita adesiva para identificar ácaros na superfície da pele, e avaliação do histórico clínico do animal.
6. Qual é o tratamento recomendado para cada tipo de sarna?
O tratamento varia conforme o tipo: Sarna Sarcóptica é tratada com ivermectina e selamectina; Sarna Demodécica requer controle do sistema imunológico; Sarna Otodécica necessita de limpeza auricular e medicamentos específicos para os ouvidos.
7. É necessário isolar o animal durante o tratamento?
Para casos de sarna sarcóptica, o isolamento é altamente recomendado para evitar propagação. Em outros casos, embora não seja sempre obrigatório, é fundamental manter rigorosa higienização do ambiente e dos itens utilizados pelo animal.
8. Como posso prevenir a sarna no meu cachorro?
A prevenção inclui: manter vacinação e vermifugação em dia, realizar higiene regular com banhos mensais, oferecer alimentação de qualidade rica em ômega-3, e evitar ambientes com animais sem controle sanitário adequado.
9. Quais cuidados domiciliares devo adotar durante o tratamento?
Higienize o ambiente lavando caminhas e brinquedos com água quente, use luvas ao manusear o animal, realize banhos medicinais conforme orientação veterinária, e mantenha o ambiente limpo e desinfetado.
10. Quando devo procurar um veterinário?
Procure um veterinário imediatamente ao observar coceira intensa, queda de pelo, formação de lesões ou qualquer alteração no comportamento do seu cão. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e garantir o tratamento adequado.